Definidas as Mesas Diretoras da
Câmara e do Senado, eis que podemos dizer: 2021 começou. A partir de agora, o
foco está na superação dos gigantescos desafios que o Brasil tem à frente. Que
os presidentes eleitos –o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o senador
Rodrigo Pacheco (DEM-MG)– tenham sabedoria para contribuir com o equilíbrio
político, social e econômico que o país tanto necessita.
Nas duas cadeiras, dois advogados.
Além da conhecida habilidade política dos eleitos, ambos têm notório saber
jurídico, o que, certamente, será primordial na condução dos trabalhos das
casas legislativas federais. A partir do amplo conhecimento que possuem das
leis brasileiras e da Constituição Federal, a expectativa é de um trabalho
sereno, célere, assertivo e pautado na defesa do estado democrático de Direito.
Certamente, não será fácil. Os
empecilhos são muitos. No ano passado, o Brasil alcançou números desanimadores:
cerca de 27 milhões de pessoas em pobreza extrema; 14,1 milhões de pessoas sem
acesso a renda; recorde de endividamento dos municípios (R$ 13,31 bilhões
acumulados desde 2016); crescimento de 87% dos pedidos de falências de empresas
em 2020; entre outros.
Portanto, é hora de o Congresso
trabalhar em busca do equilíbrio, entre si e com os demais Poderes, para todos
nós, servidores do Brasil, juntos, tirarmos o país dessa desoladora situação. O
momento é de união, e não de polarização. É um alento vê-los firmando “um
compromisso de trabalho conjunto, harmônico e colaborativo em todos os temas
que possam facilitar e ajudar os brasileiros na superação do drama da pandemia”.
A covid-19 escancarou uma das
realidades mais cruéis deste país: os ricos ficaram ainda mais ricos, e os
pobres, completamente miseráveis. Apesar do espaço reduzido no orçamento
público para novas rodadas de auxílio emergencial, é preciso que a agenda
legislativa olhe com compaixão para esse fosso de desigualdade social e
encontre meios para equilibrar as contas públicas –sem extrapolar o teto de
gastos– e acolher os vulneráveis, a camada mais afetada pela pandemia.
A lista de projetos prioritários é
extensa. Teremos à frente reformas importantes, como as PECs Emergencial, dos
Fundos Públicos e Pacto Federativo, além de projetos com capacidade para
alavancar a economia e gerar renda. Ademais, urge uma simplificação tributária.
A expectativa é de que tais assuntos primordiais sejam trabalhados com afinco e
responsabilidade, passando pelo diálogo entre as instituições, analisando as
especificidades de cada uma delas, para que as melhores soluções sejam
encontradas e a sociedade receba o retorno que tanto merece.
É preciso ampliar horizontes,
reconquistar o prestígio internacional e atrair investidores. A aposta em
privatizações e concessões é certeira, entretanto, é necessário corrigir
distorções que têm causado insegurança jurídica. Além da instabilidade
política, o descumprimento de leis e contratos, especialmente no setor de
infraestrutura e abastecimento, têm aumentado sobremaneira o custo-Brasil. Como
estudiosos da legislação brasileira, Lira e Pacheco, certamente, têm muito a
contribuir para levar o país do campo da incerteza à prosperidade.
E, para que tudo isso seja feito com
cautela e efetividade, é fundamental o compromisso público a respeito da
imunização. Quanto mais avançarmos nas campanhas de vacinação, e com a maior
eficácia, mais vidas serão preservadas e, consequentemente, maiores são as
chances de uma sólida recuperação econômica.
A missão é complexa, mas os
representantes eleitos no Congresso estão preparados para a responsabilidade.
Começa agora a caminhada por novas trilhas, estradas que levam a um novo
Brasil, um Brasil que ressurgirá gigante, ampliando oportunidades, diminuindo
desigualdades e respeitando a diversidade.
Fonte: Poder 360